A GRANDE FAMÍLIA DOS
SALVOS
A
palavra família tal qual a encontramos na língua portuguesa, denominando um
grupo de pessoas ligadas entre si por laços de parentesco ou de matrimônio, ocorre
também na forma hebraica do Velho Testamento, denominando desde as famílias
(espécies) de animais, como aos clãs familiares formados pelos laços de sangue
comuns entre as pessoas. Também no Novo Testamento encontramos uma palavra
similar usada para denominar a família tanto no sentido de linhagem, falando de
pessoas aparentadas, como de tribo, ao referir-se a nacionalidade dos
indivíduos, o que também é usado no sentido espiritual, uma vez que Efésios
3.15 a usa a fim de referir-se a paternidade dos salvos “Do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome”, ou seja, a família espiritual formada por pessoas que não
possuem laços sanguíneos nem de nacionalidade, mas que assim são denominadas
por sua posição como filhos de Deus.
A palavra de Deus concede grande importância a família formada
pelos laços de parentesco e instituída por Deus no princípio da criação a fim
de proteger o desenvolvimento físico e espiritual da raça humana, fato visível
no grande número de mandamentos, da lei mosaica as epístolas apostólicas, que
visam governar a formação da família, do casamento a instrução moral dos
filhos, da proteção dos mais frágeis ao castigo do desprezo para com os pais.
Como unidade primária e básica da sociedade, a família deve ser protegida dos
poderes malignos atuantes neste mundo tenebroso pela prática do ensino e da
disciplina, como nos ordena as Escrituras “E vós, pais, não provoqueis à ira
a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” (Efésios
6.4).
Porém, o mesmo cuidado nos é recomendado quanto a nosso trato para
com a família espiritual a que pertencemos, como bem nos lembra o apóstolo
Paulo ao dizer “Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas
principalmente aos domésticos da fé” (Gálatas 6.10). É relevante ao
testemunho cristão que dediquemos a família da fé o mesmo apreço que dedicamos
a família constituída pelos laços sanguíneos e matrimoniais, reconhecendo que
os laços espirituais que nos unem são ainda mais fortes que os terrenos, uma
vez que nos destinam a comunhão eterna na casa de nosso Pai celestial.
Que sejamos sábios em reconhecer nossa responsabilidade pelo bem
estar de ambas famílias, a que encontramos no lar e a que encontramos na
igreja, e que o zelo por ambas redunde na glória e honra de nosso Deus e
Salvador.
Pastor Fabiano Almeida